quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Nossa vida é circular

"De acordo com a sabedoria do Buda, podemos realmente usar nossas vidas para nos prepararmos para a morte. Não precisamos esperar pela dolorosa morte de alguém próximo a nós, ou pelo choque da doença terminal, para forçar-nos a olhar para a nossa vida. Também não estamos condenados a ir para a morte de mãos vazias para encontrar o desconhecido. Podemos começar, aqui e agora, a encontrar significado na vida. Podemos fazer de cada momento uma oportunidade para mudar e nos preparar - delicadamente, de modo preciso e com paz de espírito - para a morte e a eternidade".

O texto acima é do poeta Rinpoche. 
No silencio do farol, estive revendo o filme "A partida". E meditando sobre nossa velha conhecida, a Morte.

A perda de uma pessoa querida - não um amigo, mas muito mais que um colega - nesta semana, trouxe esse clima aos meus dias.

Minha vida é circular

E fechando mais um círculo, ainda vicioso - uma vez que teimo em não aprender - volto ao farol.
Ao contrário de mim, encontro tudo no mesmo lugar. E como amo este farol, volto para ficar.
Ao longo de 2 anos passei - ou passeei, talvez - por muitos lugares. Mas insisti em não passar a limpo toda a minha vida.
E sei hoje, isto é especialmente importante para a caminhada.
Vamos estar providenciando, diria meu SAC...
E vamos estar conversando, filosofando, construindo o futuro.
E, oxalá, assim seja.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Um novo olhar, ou talvez, olhar de novo

Ainda me inquieto com a atitude das pessoas. Se isso é bom ou ruim, sinceramente, não sei. Mas não quero modificar meu modo de ser. Vivendo a maior parte do tempo no farol, tenho a tendencia de - quando de lá saio - comunicar-me com pessoas e coisas que vou encontrando pelo caminho. Das coisas, tenho recebido respostas. Das pessoas, não.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

A "eca" chegou à borda do mundo

E, como não podia deixar de acontecer, a meleca senatorial chegou á borda do mundo. Sem que fizessemos nada a respeito. Começou com uma sombra no horizonte. Algo como "está sen...rouba...". Depois um odor nada agrádavel. E uma sensação de podridão e algo mais.
O Fernando Luna publicou ontem, no jornal Destak, uma matéria magnífica. Vale a penar ler: http://www.destakjornal.com.br/readContent.aspx?id=18%2c43186.
Mas mais importante que só ler, é tomar uma atitude. Tirar o ladrão de dentro do carro. Talvez os ladrões...E todos os quadrilheiros, também. Porque pamonha é a mãe deles.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Retomando a vigília...

Ainda que a contragosto, estive longe do meu lar e da minha faina diária nos últimos meses. Olhando com isenção e mesmo um certo cinismo, abandonei os dois, por livre e espontânea vontade.Decidi voltar porque este é o meu verdadeiro lugar. E tudo o que sei fazer.
Procurei novos caminhos e novo lar...não encontrei...decidi voltar...
Retorno agora. O farol está sujo, as lentes encardidas, tudo com um ar de abandono e desleixo...
Os próximos dias serão de muito trabalho: limpar, recolher o lixo acumulado, jogar fora tudo aquilo que não me é útil. Renovar???!!! Sim e não...na realidade, recomeçar.
Mãos à obra.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Minha melhor companheira

Questiono - quase sempre - minha disposição para a solidão. Sem dúvida ela é a responsável por estar aqui, no farol. Também responde pela vontade de mergulhar nos livros e na música, artes quase sempre solitárias - na sua criação - mas destinadas ao grande público. Os livros, particularmente, são os grandes e estimados amigos. A música complementa as palavras escritas e os "sonhos" que elas possibilitam.
O silêncio e a possibilidade de reciclar o pensamento e as ações são os grandes complementos...eles vem por "tabela", como se costuma dizer. E são muito benvindos.
Nestes tempos de "festejos" a solidão me parece mais uma benção, uma dávida de Deus. E fico pensando quantos não gostariam de estar no meu lugar.
A Estrela de Belém vai aparecer dentro de alguns pares de horas e o Ano Novo chegará em seguida.
Estarei só fisicamente. Mas meus fantasmas estarão aqui comigo, brindando, lembrando, chorando, rindo, cantando. Meus fantasmas queridos. Meus queridos amigos. Meus companheiros de jornada.
E quando o dia chegar, e eles se forem de mansinho - comentando entre si que já não se fazem mais Natais como antigamente - estarei com os olhos pregados no horizonte, tentando encontrar a receita para enfrentar mais um ano...a receita que, enfim, vou encontrar dentro do meu coração.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

A visita de um velho amigo...

É fazendo as contas que concluo que um velho amigo está prestes a chegar a este farol. Como faz a cada 12 ciclos lunares, meu velho amigo Chronus está vindo para que possamos privar de sua companhia.
Foi um periodo dificil. Poseidon - outro velho amigo - manifestou-se de forma anárquica e difusa nestas plagas. Deixou muitas marcas e pouca saudade. Levou, acompanhado de Tanatos, grandes companheiros desta longa viagem. E antes do tempo...
Mas uma visita deve ser saudada com festas e comemorações. E assim será. O velho farol estará limpo e os metais estarão brilhando. O espelho não terá um único grão de poeira. E este velho faroleiro estará com sua melhor indumentária e com as botinas refletindo, ainda uma vez, o mergulho do Sol no horizonte e, talvez, o ressurgir da Lua no céu deste oceano sem fim. Quem sabe, pela última vez.